Num fim de tarde meio cinza, meio ensolarado dentro do peito um vazio meio transbordado uma voz calada que grita aos quatro cantos da Terra a menina se alimentava de ilusões e bebia decepções, dançava em cima de seu próprio coração e se afogava num mar de doces lágrimas... Mas que menina burra!- eu falava - com vendas ela não enxergava nada. Boba, boba! -eu gritava- ela nas nuvens me ignorava. Não sonha tanto menina avoada ou sua cara bonitinha voltará a ser quebrada. Ei, ei - eu não me cansava - a menina estúpida sorria, sonhava, fingia que eu não existia até o dia que foi despedaçada. Eu sei que avisou mas assim de ponta cabeça a vida é certa, esse é o normal dos que cantam, escrevem e amam - disse a mim enquanto juntava seus cacos.
- Ágatha Rodrigues
De tão poético e sincero, parece fábula.
ResponderExcluirAbraços.
Obrigada *-*
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